terça-feira, 30 de junho de 2009

Balada

Eu não sou uma pessoa baladeira.

Aos 14 anos eu comemorei meu aniversário numa danceteria, era a 3ª vez que ia na matinê daquele lugar. Fui a última a chegar, perdi meu convite na porta que me dava o direito de entrar de graça, já que eu era a aniversariante (achei minutos depois) e nem quis saber se o número de convidados da minha festa foi o número x pra ganhar um bolo de presente. O som alto me incomodava, a música me incomodava e as pessoas me incomodavam. (bem chata né hahaha) Todas as minhas amigas baladeiras curtiam até o último momento, eu torcia pra alguém ter que ir embora por causa do horário pra sair daquele lugar.

Essa época também foi a época que troquei de escola, eu estudei do pré até 8ª série na mesma escola, e como não tinha o ensino médio eu tive que trocar de escola. Todas essas minhas amigas baladeiras foram pra uma escola e eu fui para outra... far away da escola delas. Foi a época de mudanças de amizade. Eu odiava a nova escola, mas fiz amizade com pessoas incríveis lá. Eu ainda mantinha contato com as amigas baladeiras que viraram pagodeiras. Ai não dava mais pra ser amiga de sair junto, porque uma , na época eu andava com uma camiseta do Iron Maiden =) e outra não tinha mais assunto. Foi nessa época também que eu descobri a maravilha do vídeo cassete e da locadora. Não saia mais de casa. Alugava pilhas e pilhas de fitas.

Cresci continuei chata.

Esse ano eu fui numa casa noturna. Chegamos super cedo, sentamos e eu já fui curtindo o lugar. Um carinha tocando violão, o lugar que ficamos era aberto. Dava pra falar sem ficar gritando, não rolava cigarro, nem gente bêbada. Ai resolvemos assistir a banda, afinal os meninos pagaram uma notinha pra entrar. Garçom avisa 23h30 começa o show lá dentro. Aponta para um outro salão dentro do bar. Ai entramos pra pegar um lugar aceitável...bem perto do palco. A banda até que era legal. Muito interessante, a vocalista mandava bem nas músicas, a banda conseguir mandar bem também.

E já que eu estava ali, pagando 10 conto de estacionamento, mais uns 30 conto do que eu consumi, porque não curti. Pulei, cantei as minhas músicas favoritas, dancei, foi meu aniversário de mentirinha, gritava o nome da banda que até aquele dia nunca tinha ouvido falar como se eu fosse fã número um.

Mas mesmo assim, quando dava o intervalo da banda a única coisa que eu queria era vim embora. Aquele lugar fechado, fumaça de cigarro, pessoas sem noçãozinha com o cigarro acesso queimando meu melhor amigo, gente bêbada e por ai vai. Ah e sem falar que é muito triste a cena de madrugada quando você vai esperar os manobristas buscarem os carros. Você olha pra o lado e o que você vê são pessoas pra lá de bêbadas esperando o carro também.

Ai eu chego na conclusão que eu não nasci pra ser baladeira. Eu sou chata demais pra tudo isso. Eu prefiro cinema, caminhada no parque junto com uma boa conversa ou um jantar na casa dos amigos.

Podem falar que eu não estou curtindo a vida assim. Mas curtir a vida tem que ser fazendo algo que você realmente goste, que faça você se sentir bem, que faça você sorrir ao lembrar dos bons momentos.

Ai uma simples quermesse se transforma numa super balada.

2 comentários:

  1. Eu também nunca fui baladeira, e me orgulho disso. Nem todo mundo nasceu pra ficar horas e horas ouvindo as mesmas músicas - ou que pelo menos parecem as mesmas. Sem falar que não bebo e sou praticamente alérgica a cigarro! hahah

    Também prefiro um cineminha ou um jantar com os amigos. Vale muito mais a pena...

    www.floresnajanela.com

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  2. ai q bonito o q vc escreveu, minha alma gêmea feminina ( amiga...amiga..hahaha)somos do time das não-baladeiras....assino embaixo ;)

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